Estudo de Caso: Fachada com Infiltração Identificada por Termografia
- Daniel Oliveira
- há 6 dias
- 2 min de leitura
A inspeção de fachadas é uma prática essencial para garantir a segurança estrutural, a durabilidade dos materiais e o conforto dos usuários. No entanto, muitas vezes os sinais de degradação permanecem ocultos ou subestimados a olho nu — e é nesse contexto que a termografia infravermelha se mostra uma ferramenta indispensável.
Na inspeção técnica que apresentamos neste estudo de caso, foi possível identificar uma significativa concentração de umidade na parte superior da fachada de um edifício, especialmente na região próxima ao guarda corpo da cobertura. Através da imagem térmica, detectamos áreas com temperatura superficial mais baixa, típicas de acúmulo de umidade proveniente de infiltrações. A origem está associada à presença de fissuras e aberturas na alvenaria, agravadas pela ausência de elementos construtivos como rufos e pingadeiras.
Embora essas fissuras fossem visíveis a olho nu, a análise termográfica foi essencial para quantificar o real impacto da patologia. Ela possibilitou identificar a extensão do dano e o tamanho da área afetada pela umidade — algo que a simples observação visual não permitiria com precisão. Com isso, a tomada de decisão técnica torna-se mais assertiva, orientando intervenções pontuais ou corretivas com base em dados concretos.
De acordo com a ABNT NBR 16747:2020 – Inspeção Predial, essas manifestações devem ser registradas, classificadas quanto à gravidade e associadas a um plano de ação. A norma também reforça a importância das inspeções periódicas, alinhando-se à ABNT NBR 5674:2024, que trata da manutenção de edificações com foco na prevenção e na segurança.
Este caso reforça como o uso combinado de análise visual e termografia, dentro de uma metodologia normatizada, não apenas aprimora o diagnóstico técnico, mas também previne riscos e otimiza recursos. Inspecionar é proteger — e, com tecnologia e norma técnica, o cuidado vai além do que se enxerga.
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